terça-feira, 17 de setembro de 2013

Senado conclui aprovação da minirreforma eleitoral

Proposta não muda as regras de financiamento da campanha eleitoral.Para valer na eleição de 2014, Câmara tem de aprovar até o fim do mês.


Com a aprovação em dois turnos na noite desta segunda-feira (16), o plenário do Senado concluiu a votação do projeto da minirreforma eleitoral. O texto será agora encaminhado para votação na Câmara.


A intenção dos parlamentares é que as novas regras passam a valer já nas eleições de 2014, mas para isso é necessário que sejam aprovadas pelos deputados até o final deste mês.

O autor da proposta, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou que está discutindo o texto com líderes da Câmara para que o projeto possa ser aprovado Câmara a tempo de ser sancionado até o próximo 4 de outubro.

“Nós aprovamos um avanço eleitoral, mas claro que não é uma reforma política. A reforma política virá, mas com outras questões mais polêmicas”, disse Jucá.

A proposta não muda as regras de financiamento de campanha – uma emenda para proibir a doação de empresas às campanhas eleitorais foi rejeitada.

De autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e relatado por Valdir Raupp (PMDB-RO), o projeto tem por objetivo acelerar mudanças nas campanhas para que tenham validade já na eleição do próximo ano.

A ideia era aprovar um texto de consenso, mas a matéria acabou sendo discutida por mais de cinco horas em plenário.

A versão aprovada limita a contratação de cabos eleitorais e o uso de recursos com alimentação e combustível; e proíbe cavaletes com propagandas em vias públicas, pintura de muros de imóveis e o chamado “envelopamento” de carros particulares.

O texto aprovado também permite que concessionários de serviços públicos, como empresas de transporte público, possam doar indiretamente, por meio de sócios ou acionistas, recursos para as campanhas eleitorais.

OS PRINCIPAIS PONTOS DA MINIRREFORMA

  • Autoriza doação indireta para campanha eleitoral (por meio de sócios ou acionistas) de empresas com concessão de serviço público
  • Limita número de contratações de cabos eleitorais
  • Limita gastos com alimentação em campanha a 10% da receita da campanha
  • Limita gastos com combustível em campanha a 20% da receita da campanha
  • Proíbe "envelopamento de carros" com adesivos
  • Proíbe pintura de muros e uso de cavaletes em vias públicas
  • Manifestações em redes sociais não serão consideradas campanha
  • Autor de ofensa em rede social pode responder civil e criminalmente

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