quinta-feira, 15 de agosto de 2013

INDÍCIOS DE UMA GUERRA PARTICULAR

Quatro ondas de conflito se sucederam na noite dessa quarta-feira no Rio de Janeiro. Tudo começou na Av. Pinheiro Machado, onde fica o Palácio Guanabara, numa confusão deflagrada por um policial que queria liberar o trânsito.A primeira batalha empurrou a multidão, as bombas de gás e pimenta, até a 9ª DP, no Catete. Vinte e oito manifestantes foram detidos arbitrariamente, todos liberados.

A Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), unidade especial da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro destinada a ocorrências que exijam excepcional adestramento, foi chamada. O CHOQUE ficou nitidamente aborrecido com a imposição da presença da outra força, que pouco agiu, e começou a jogar bomba para todo lado.

Na porta da delegacia, outras três ondas de conflito deram voltas no quarteirão. No último embate, o CHOQUE atirou várias bombas de gás lacrimogêneo dentro da delegacia quebrando a vidraça da porta a tiros. A delegacia virou câmara de gás, e está em frangalhos. Lá dentro, chegaram a abrir um espaço para os socorristas atenderem aos que passavam mal.

Segundo a página dos Advogados Ativistas a "Polícia Civil deu voz de prisão para o choque da Polícia Militar em razão deles estarem jogando bombas de gás lacrimogêneo e atirando com balas de borracha nos manifestantes na frente da delegacia. O delegado viu as arbitrariedades e chamou alguns PMs pra dentro (...)"

Mais um dia de repressões às manifestações, mas dessa vez com uma nova situação, um tanto inóspita, que contribui para se questionar os modelos da segurança pública do estado carioca. Com certeza um posicionamento oficial a respeito pode trazer algum esclarecimento e responder às inúmeras questões que surgem.


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