quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O primeiro juri popular de caso relacionado à homofobia em Minas Gerais foi condenado ontem em Belo Horizonte

Ricardo Athaíde, o réu condenado a 14 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, contou detalhes sobre como o crime aconteceu durante o julgamento. Segundo ele, na madrugada de 1º de março de 2012, conheceu Igor Xavier em um bar, a partir de uma roda de conversa sobre filosofia. Depois disso, o acusado levou a vítima para seu apartamento a fim de lhe emprestar alguns livros sobre o assunto. Chegando lá, pediu para que Igor o aguardasse na sala, acionando seu filho, Diego Athayde para que lhe fizesse companhia.

Então se dirigiu a cozinha, quanto voltou, disse que viu Igor molestando seu filho - ato que, segundo Ricardo o deixou atordoado a ponto de apanhar duas armas e disparar cinco tiros fatais. Ricardo ainda falou sobre a remoção do corpo do apartamento, fuga e desova em uma estrada de terra.

Também acusado pelo crime, Diego Athayde, hoje com 28 anos, relatou sua participação. Em resumo, confirmou a versão apresentada pelo pai e garantiu que não efetuou nenhum disparo, sendo apenas responsável pela limpeza dos rastros de sangue a medida que Ricardo carregava e arrastava o corpo. Diego foi absolvido em pedido tanto da defesa quanto da promotoria.

A sessão aconteceu no Fórum Lafayette e foi presidida pelo juiz Glauco Eduardo Soares Fernandes. A defesa anunciou que irá recorrer da sentença sob o argumento de que o caso teria de ser julgado em Montes Claros, cidade onde ocorreu o crime, justamente por conta das realidades culturais, que justificariam o assassinato.

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